“Como Steve Jobs virou Steve Jobs” chegará ao Brasil neste mês

3 de August de 2015 às 17:47

Lançado em março deste ano com o título “Becoming Steve Jobs”, a biografia escrita por Brent Schlender & Rick Tetzeli sobre a vida do criador da Apple finalmente terá sua versão em português, com lançamento marcado para o 11 de agosto, pela Editora Intrínseca.

O livro é repleto de entrevistas com diversos amigos e parentes de Jobs, como o Tim Cook (atual CEO da Apple), Jony Ive (designer), Eddy Cue , Ed Catmull (Presidente da Pixar), John Lasseter (Chefe de criação da Pixar), Robert Iger (Presidente da Disney) além da viúva Laurene Jobs. Existem algumas entrevistas não publicadas com o próprio Jobs. Há diversas histórias inéditas nesta biografia, como a tentativa de Tim Cook em doar parte de seu fígado ao amigo, entre outras não contadas.

Você já encontra na iBooks Store a pré-venda em português, com um preço mais acessível que a versão estrangeira. Comprando na pré-venda, você terá o livro baixado automaticamente no seu aparelho assim que ele for lançado.

Existe uma amostra grátis com as primeiras páginas do livro!

Confira um trecho desta fantástica biografia:

“Depois da morte de Steve, seguiram-se resmas de tratados sobre ele: matérias, livros, filmes e programas de TV. Com frequência, tais peças ressuscitavam velhos mitos a seu respeito, utilizando estereótipos criados na década de 1980, quando a imprensa descobriu o prodígio de Cupertino. Naqueles primeiros anos, Steve era suscetível à bajulação da imprensa e abriu a si mesmo, e a sua empresa, aos repórteres. Estava em sua fase mais indisciplinada e destemperada. Por mais que se mostrasse um gênio para imaginar produtos inovadores, também era capaz de demonstrar uma mesquinhez e indiferença perturbadoras para com seus funcionários e amigos. Então, quando começou a limitar o acesso e a cooperar com a imprensa apenas quando precisava promover seus produtos, as histórias desses primeiros tempos na Apple se tornaram o senso comum sobre sua personalidade e sua maneira de pensar. Talvez por isso a cobertura póstuma tenha refletido tais estereótipos: Steve era um gênio com uma queda pelo design, um xamã cujo poder de contar histórias era capaz de gerar algo mágico e maléfico chamado “campo de distorção da realidade”; era um idiota pomposo que desconsiderava a todos em sua busca obstinada pela perfeição; achava que era mais esperto do que todo mundo, nunca ouvia conselhos e era meio gênio e meio babaca de nascença.
Nada disso se compara à minha experiência com Steve, que sempre me pareceu mais complexo, mais humano, mais sentimental e ainda mais inteligente do que o homem a respeito de quem li em outros lugares. Poucos meses depois de sua morte, comecei a vasculhar antigas anotações, fitas e arquivos das matérias que fiz a seu respeito. Havia muitas coisas que eu esquecera: notas improvisadas que eu escrevera sobre ele, histórias que ele me contara durante as entrevistas mas que eu não poderia usar no momento por uma razão ou por outra, antigas trocas de e-mails, até algumas fitas que eu nunca transcrevera. Encontrei uma fita cassete que ele gravara para mim e era uma cópia da fita que lhe fora dada pela viúva de John Lennon, Yoko Ono, com todas as várias versões de “Strawberry Fields Forever” gravadas durante o longo processo de composição. Tudo isso estava guardado em minha garagem, e desenterrar esse material desencadeou várias lembranças ao longo dos anos. Após remexer tais relíquias pessoais por semanas, decidi que não bastava apenas reclamar dos mitos unidimensionais sobre Steve que estavam se calcificando na mente do público. Eu queria oferecer uma imagem mais completa e um entendimento mais profundo do homem que eu cobrira de forma tão intensa, de um modo que não fora possível quando ele estava vivo. Cobrir Steve fora fascinante e dramático. Sua história era verdadeiramente shakespeariana, repleta de arrogância, intriga e orgulho, de conhecidos vilões e tolos desastrados, de sorte ultrajante, boas intenções e consequências inimagináveis. Havia tantos altos e baixos em tão pouco tempo que fora impossível traçar a ampla trajetória de seu sucesso enquanto ele estava vivo. Naquele momento, eu queria dar uma visão de longo prazo do homem que eu cobrira por tantos anos, o homem que se dizia meu amigo.”

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